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sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Aflição Dos Que Esperam Pelo Que Deus Não Prometeu





“Maior vilão por trás das doenças que mais matam no mundo, o estresse atinge cerca de 60% da população mundial de forma continuada. É exatamente aí que está o problema. Quando as pessoas recebem os estímulos que provocam o estresse muitas vezes ao dia, o organismo não consegue eliminar seus efeitos no corpo. E então começa o caos... as regras de conduta na sociedade limitam nossas manifestações de agressividade, mas não ensinam o que fazer com o que foi reprimido.”



“Nos últimos anos estudos conduzidos na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil mostraram que o estresse por períodos prolongados favorece o surgimento de diabetes, doenças cardiovasculares, ansiedade, depressão, impotência, infertilidade e até mesmo algumas formas de câncer. Agora uma pesquisa conduzida por equipes de duas universidades paulistas – a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – revela outro possível efeito devastador do estresse. Essa reação natural do organismo que facilita a adaptação a situações novas ou ameaçadoras também potencializa processos inflamatórios que podem culminar na morte de células nervosas (neurônios) em duas regiões específicas do cérebro: o hipocampo, associado à formação da memória, e o córtex frontal, responsável pelo raciocínio complexo.O estresse, em si, é um mecanismo natural de adaptação, não uma doença”. “O problema surge quando se perde o controle sobre o nível de estresse.”



O texto acima é fruto de pesquisa de algumas matérias em várias revistas que tratam do assunto estresse e depressão.

Já, havia algum tempo, que eu vinha pensando em postar alguns textos falando sobre o grande crescimento do consumo de crack e outras mazelas sociais. Mas, penso, que tratar sobre o que vou tratar agora, representa vislumbrar o cenário do mundo antes mesmo da chegada dos protagonistas de tais mazelas. Afinal, o que leva os homens a tais caminhos?



Conforme é provado pela ciência, os males psíquicos emocionais, tais com estresse, ansiedade, depressão, estão entre os grandes propulsores de males que se multiplicam de forma multifacetada e que agridem o indivíduo e a sociedade de maneiras arrasadoras. Nunca antes, tantos problemas na saúde pública foram associados a patologias psicossomáticas, (Doenças psicossomáticas são todos os processos orgânicos patológicos de origem psicológica, causados por estresse, ansiedade, depressão etc.), até o câncer faz parte dessa lista. Tais diagnósticos não devem ser associados apenas a evolução da pesquisa científica, porque os seus sintomas crescem a cada dia e estão associados sim, a questões da contemporaneidade, tais como valores hedonistas, consumismo, imediatismo, entre outros.



Particularmente, eu ouso esboçar uma tese em relação a isso. Há algum tempo atrás, li um interessante artigo de um teólogo sul-americano que dizia que vivemos hoje o fim da cristandade – entenda cristandade como uma forma de denominar uma sociedade cristã, onde independente do testemunho individual existam valores, pudores, moral, inspirados pelo cristianismo, que influenciam as pessoas mesmo que inconscientemente. Na verdade, até os valores éticos e morais dos mais céticos traziam o verniz da cristandade.



Pois bem, isso representa uma mudança de quadro tremenda, principalmente para o ocidente. Hoje em dia, o capitalismo está mais selvagem do que nunca, a chamada “liberdade sexual” está a pleno vapor – ninguém mais tem vergonha de sair do armário. No ambiente onde tudo é relativo, nada é absoluto, onde o que vale é a minha lei, percebe-se que conceituar valores morais é éticos além de desafiador, tornou-se, sob esse prisma, totalmente desnecessário.



Esse é o mundo presente em que vivemos e sob este contexto, ideologicamente falando, os homens estão soltos para provarem o que quiserem, mas sob a ótica teológica bíblica, eles estão despencando de um abismo sem terem em o que segurar, estão em um trem desgovernado prestes a se chocar, e embora humanamente não percebam, suas almas clamam por socorro urgente. Eis aí, o motivo de tanta ansiedade de tanto estresse, de tanta depressão e de tantas doenças psicossomáticas. Eis aí, a razão de tanta entrega a prazeres baratos, de tanto fundo de poço raso, de tanta miséria humana. Não há nada firme em que se possa apoiar, não há nada sólido em que se possa pisar.



Pensar sobre isso, me entristece muito, não só porque Jesus já pagou o preço para que tudo fosse diferente, mas também, porque como Igreja (sem generalizar), pesa sobre nós a responsabilidade de não termos ensinado a sociedade a comer o peixe, ela se assustou com as espinhas, e então, está jogando todo o peixe fora.

As espinhas eram as intolerâncias, a falta de diálogo, o triunfalismo, os preconceitos culturais, a omissão diante dos descalabros políticos e sociais, a frouxidão doutrinária... (sobre os “espinhos”, darei exemplos práticos e detalhados se for questionado, ou então pesquise e me cite exemplos). O problema não são os espinhos, mas sim o não saber lidar com eles, pois estes não devem nem ser ao menos comparados a fartura do peixe.



Mas, por que alguns na Igreja pecaram e tem pecado quanto a essa missão? Porque, também estão caindo de um abismo, os caçadores da prosperidade material estão no mesmo abismo mundano. Porém, muitos crentes verdadeiros estão em uma espécie de abismo virtual, a Rocha está sob seus pés, mas suas cabeças estão voltadas para o próprio umbigo, não conseguem ver as riquezas espirituais a eles reservadas e se confundem com a multidão dos desesperados.

Dessa maneira, não podem anunciar o que Deus prometeu aos que crêem, porque estão aflitos esperando por aquilo, que Deus não prometeu.



Estes irmãos estão tão ansiosos quanto; tão estressados quanto; tão deprimidos quanto! Em Cristo nós só deveríamos ter a parte boa do estresse, aquilo que nos põe em alerta, a postos! Mas, na igreja, ainda há gente morrendo de aflições. Por que? Porque esperam por coisas que Deus não prometeu!

Seguem o exemplo e os conselhos do mundo; são nostálgicos (sempre acham que ontem era mais fácil); e principalmente, banalizam a Palavra, porque quando a lêem, não a aplicam na prática.

Deus não prometeu a ninguém saúde perfeita, conta bancária gorda, carro do ano. No entanto, diante dos nossos maiores temores e preocupações no mundo, Ele diz: Eu venci o mundo.



Jesus certa vez disse aos seus discípulos: Neste mundo vocês terão aflições; contudo tenham ânimo! Eu venci o mundo”, (João16.33). Embora, falasse com os discípulos, tanto eles como os incrédulos sabem, que o mundo é um lugar de aflições. O detalhe, que traz toda a diferença, é, que os que seguem a Jesus entendem bem (ou deveriam entender) o final da frase: ...Eu venci o mundo.




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