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terça-feira, 30 de setembro de 2008

QUE CRISTIANISMO É ESSE?




A história do cristianismo registra avanços da igreja, que nem sempre comungaram quantidade com qualidade. Outros interesses distintos aos do "Reino de Deus", vinham em primeiro lugar. Interesses políticos, econômicos e imperialistas. Um exemplo clássico pode ser tirado dos séculos 15 e 16, quando as nações européias através das grandes navegações atingiram a América Latina. A igreja Católica Romana e o Estado se confundiam entre si e o argumento religioso era um forte facilitador das dominações. Foi assim com os indígenas no Brasil. Os jesuítas quando aqui chegaram, espalharam cruzes por quase toda região brasileira batizando muitos índios. Mas, enquanto, a igreja e os impérios que elas representavam enriqueciam, a Mensagem da Cruz se perdia. Os nativos se familiarizavam com os credos, rezas, sacramentos... Enfim, eram aculturados, e Jesus continuava a ser para eles um ilustre desconhecido. Quais são os valores com os quais o cristão deve identificar-se? Respondam vocês! Cristãos ou não.
No passado os interesses religiosos sem confundiam com os do Estado imperialista. E hoje? Eu penso que vivemos o mesmo ambiente de indulgências do passado. Só que agora não é mais o céu que é loteado e o inferno esvaziado. As promessas são totalmente terrenas: - dê tanto e receba cem vezes mais; - tome posse da vitória e conquiste o melhor dessa terra; - aceite a Jesus e saia da miséria financeira... As lasquinhas da cruz e os ossos dos apóstolos se transformaram em sal ungido, água do Rio Jordão, Rosas, copos com água e tudo mais que os mal intencionados em meio ao nosso povo criativo podem inventar. Mas será que o Estado continua com as rédeas dessa nova "missão santa" ? Ou os dominantes da vez são os poderes do capitalismo selvagem e globalizado? Sem dúvida eu fico com a segunda opção, o Estado hoje ocupa a posição de vassalo do mesmo poder. Hoje existe o cristão que o é, por conveniência e oportunismo. Não falo daquela minoria anônima que já fez e sempre fará diferença, temperando e trazendo valores a sociedade, falo dos picaretas da vez, que se utilizam da fé alheia em proveito próprio. O cristão não o é, por conveniência, mas sim, por convicção e princípios. Princípios esses, que não oscilam com a flutuação do Mercado Financeiro, princípios inegociáveis, que os fazem prosseguir mesmo contra a maré. Pelo menos é isso que me vem a mente quando lembro de pessoas como Policarpo, João Huss, Martin Luther King, Madre Tereza de Calcutá, entre tantos outros. Se tais personagens realmente viveram uma vida cristã de fato, salvaguardando os que não fazem parte das Igrejas S/A, que cristianismo é esse?

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