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terça-feira, 28 de outubro de 2008

O REPARADOR DE BRECHAS


Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; Levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas... Isaías 58. 12a

Hoje em dia vivemos em época de grandes disputas. É a disputa entre as nações pelo poder, é a disputa de nossos representantes políticos para manipularem os nossos direitos, é a disputa da mídia em geral em busca de audiência, disputas na família... . Enfim as disputas nos fazem evoluir, mas quando o interesse não é pelo bem comum, esse crescimento se dá de forma desordenada e bizarra.
As grandes nações não estão se importando com as brechas na camada de ozônio, fruto das queimadas e dos detritos industriais de suas fábricas de ganância; os nossos políticos não estão nem aí, para as brechas que causam suas mentiras e escândalos na boa fé do povo; a mídia não se preocupa com as brechas nos valores éticos e morais da sociedade, tudo que vende e dá audiência é bom. O povo quer pão e circo – é o que eles dizem - não importa se é pão que o diabo amassou ou o circo dos horrores da mulher como objeto sexual, da incitação ao homossexualismo ou da criminalidade. E a família? Quais são as brechas causadas pelas disputas?... Aliás, falar de família nos faz lembrar também, das denominações religiosas - mais especificamente as evangélicas - a disputa em prol do crescimento traz também a estas, uma anatomia confusa. Quais são os detritos deixados pelas formas de crescimento que são impostos às igrejas? Quais os efeitos da hipocrisia religiosa de cada dia na boa fé do povo? Quais são os valores cristãos que estão se perdendo em prol de igrejas cheias, mas que não tem compromisso com a palavra do bom Deus? Valores estes que no passado e hoje em outros campos trouxeram profundas e positivas transformações para a sociedade como um todo.
Quantas brechas temos procurado ignorar? Como alguém que ama a genuína Igreja de Jesus Cristo, quero dizer que esta não precisa de disputas egocêntricas, e muito menos crescer da forma que muitos imaginam, a Igreja já é grandiosa e tem como cabeça o Senhor Jesus. A Igreja – composta por cada um de nós - não cresce, Ela é edificada, é o lugar onde Jesus é ao mesmo tempo o Alicerce e o Teto (Cabeça) da construção. Ele é o Princípio e o Fim. Estamos entre esses dois princípios. Nesse edifício, não há lugar para brechas. O mundo só tem consciência do eu, nós porém temos que ter consciência do todo, da coletividade, não existe lugar para hedonismo entre aqueles que seguem a alguém que deu a sua própria vida por amor dos que não mereciam.
No 1º cap. do livro de Neemias vemos o relato da situação deplorável na qual se encontrava Jerusalém o povo não só tinha sido levado para o cativeiro, mas também os muros da cidade haviam sido destruídos e as suas portas queimadas. Naquela época toda grande cidade era fortificada com muros. Os muros das cidades representavam sua força e segurança, o derribamento das muralhas tinha significado de profunda humilhação às nações.
Como estão os nossos muros? O quem tem entrado por suas brechas e permeado em nossos ambientes de culto, na nossa vida cristã diária?
Cristo nos chama hoje, não para olharmos com pessimismo às ruínas, mas sim para sermos reparadores de brechas para que os nossos filhos e até nós mesmos venhamos a ter sempre o firme fundamento sobre o qual seremos edificados como Igreja grandiosa, mas não hedonista, triunfante mas não triunfalista.

GORDURA EM EXCESSO FAZ MAL


A ganância do ter não só engoliu o ser e a convivência pacífica, mas até privou a maior parte dos homens do ter indispensável, para acumular nas mãos de uns poucos o que a todos pertence." (Textos Cristãos)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

UM POUCO ALÉM ...


A humanidade é contaminada pelo vírus do consumismo ou da excessividade. Eu prefiro usar o termo excessividade, porque este nos conduz para fora de algo relativo ao homem só no contexto contemporâneo, e nos faz pensar que as pessoas, independentemente de contextos geográficos e históricos sempre foram voltadas para o acúmulo de bens - senão sempre, a partir do momento em que houve o abandono da vida nômade e as sociedades se fixaram em povoados e depois cidades. Diferentemente dos animais, o homem possui muitas necessidades. Somos fisiologicamente semelhantes e estamos presentes em todo o globo terrestre, seja o ambiente quente ou frio lá estamos nós. Porém, Quando sentimos frio, não temos plumas ou pelos para nos aquecermos, dependemos dos agasalhos, se há fome, não nascemos como caçadores ou agricultores. Nós comemos do que o outro plantou, criou, todos seremos sempre dependentes do outro. É claro que num sentido metafórico existem homens mais predadores do que os mais ferozes animais e gente mais emplumada do que pavão, mas isso, eu assunto para outra hora. Mas, o que eu quero dizer, é que ato de consumir vem de uma necessidade natural do homem. Deus nós fez assim, para que fossemos mesmo, dependentes uns dos outros. Deus quis que por meio de meu semelhante, eu me completasse e vice-e-versa.
O problema está no excessividade. Em tempos de defesa do Meio Ambiente, nós sempre estamos ouvindo que o nosso planeta é uma fonte de recursos em termos, renováveis, mas que não são eternos, um dia terão fim. Quando excedemos às nossas necessidades – incluindo a de sentir conforto e prazer - três coisas acontecem: aceleramos o fim dos recursos e deixamos alguém de fora. Não porque a nossa sede seja maior, mas sim, porque uns possuem as mãos maiores que a dos outros.
Eu falei sobre três coisas e só disse duas... Não que as duas primeiras não sejam importantes, mas o que difere a nossa palavra de uma mensagem marxista ou meramente sobre valores e cuidados com o Meio Ambiente é dizermos que os excessos, também nos intoxicam física e espiritualmente. Todo mundo sabe que vitamina C faz bem a saúde, mas poucos se importam em saber que o seu excesso é prejudicial ao organismo. Tudo mundo sabe que faz bem praticar exercícios, mas ignoram que o excesso é não faz bem.
Todos os recursos terrenos são limitados, céus e terras passarão, diz a Palavra.
A busca frenética dos bens dessa terra é aquilo que a Bíblia chama de concupiscência dos olhos, desejo exagerado de bens e gozo material e isso tem inchado a humanidade. Colhemos coletivamente os frutos do desespero materialista que não é de hoje, mas que sempre assolou a alma humana. Trazemos no corpo, na mente, na família, na sociedade, na economia, na natureza, as mazelas do querer demais as coisas e usar as pessoas. Numa inversão bizarra, onde o ser perde para o ter. Regredimos a sociedade pré-histórica, somos novamente caçadores e coletores. Porém, com um requinte de crueldade, não exploramos apenas a terra, sugamos as pessoas e provamos do nosso próprio mal, como um escorpião acuado e sem saída, que ferroa o próprio corpo. Somos predadores assustados sucumbindo pelo veneno.
...Não há nenhum justo, nenhum sequer; não há ninguém que entenda (...) Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz. Rm 3.10-17.
A Bíblia melhor do que qualquer outro meio esclarece muito bem sobre o resultado de toda a nossa “gula existencial”.
Diante dos fatos e diante do que sempre aconteceu no mundo, ninguém precisa ser formado em ciências humanas para admitir que colhemos frutos ruins do “querer ter” em excesso. Embora prefiramos não pensar sobre isso. Atitude até certo ponto compreensível, porque entre saber da existência de um câncer, e poder curá-lo há uma distância às vezes intransponível.
- Se a História mostra, que na visão macro, tanto Religião como Ciência não encontraram a cura, porque me preocupar? - Se o barco está afundando, que eu tire o máximo proveito de minha estada!
E razoável pensar que sejam quais forem as minhas crenças e ideologias, há uma espécie de desarranjo no mundo. Se creio na evolução das espécies porque não melhoramos? Se creio nas propostas dos pensadores, por que não emplacaram? Se sou criacionista aonde está o criador diante de tal horror?
Eu sei que as colocações são bem simplistas. Porém, como alguém que tece palavras com fé no Criador, ousaria discorrer sobre o que penso, de forma simples e provocativa na busca de uma reflexão coletiva. (...)


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"Todos os homens do mundo na medida em que se unem entre si em sociedade, trabalham, lutam e melhoram a si mesmos." (Antonio Gramsci)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

RASPADINHA GOSPEL


Quem é que já viu uma propaganda de raspadinha, ou de Tele-Sena, Carnê do Baú e assemelhados? Já repararam na estratégia utilizada para promoção destes produtos? Milhares de bilhetes ou carnês são vendidos, graças às propagandas na mídia. Principalmente a televisiva, onde ganhadores testemunham que, foram sorteados, exibem seus prêmios e incentivam as pessoas a comprarem os tais bilhetes e carnês com regularidade. -Façam como eu! Não parem de raspar e saiam também de carro zero”. É uma apelação vergonhosa. Pois, sabemos que de dezenas de milhares que investem nesse tipo de coisa, apenas uma meia dúzia não sai no prejuízo. A esmagadora minoria só perde, pior, vicia neste tipo de prática.
Infelizmente, essa estratégia torpe, tem sido a prática, utilizada por muitas “igrejas” chamadas evangélicas, principalmente por algumas das que tem espaço na mídia. Tais igrejas são reconhecidas – e fazem questão disso – pela grande quantidade de membros e pelos seus templos suntuosos. Levam para a mídia, de todo tipo, depoimentos de pessoas que muito pouco falam – isso quando falam – sobre as transformações de caráter e influência positiva na vida de outros. O que vemos são relatos sobre conquistas, vários carros, empresas, contas gordas, “perdões milagrosos” de dívidas, entre outras vantagens financeiras. O efeito acaba sendo o mesmo das propagandas dos tais jogos. Uma multidão começa a correr atrás destas igrejas e seus líderes, para fazerem permuta com Deus. Uma espécie de investimento à curtíssimo prazo. Deus e visto como uma espécie de galinha dos ovos de ouro, gênio da lâmpada e os fiéis...Bem, estes, num futuro próximo amargaram frustações, muito semelhantes a de um apostador, que arrazado após uma noitada de jogatina, percebe que perdeu o que tinha e até o que não tinha.
Tremo só de pensar, de um belo dia passar na porta de uma igreja e ouvir, ao invês de um convite às riquezas insondáveis do Senhor, um apelo sórdido: - E aí, já deu a sua raspadinha "gospel" hoje?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

QUEM É QUE MANDA?


Estamos as portas de mais uma eleição municipal. Porém, antes, é bom pensarmos um pouco sobre a recente história mundial. Aqueles, que assim como eu já passaram dos trinta, lembram de como o mundo era, de um lado os países capitalistas e do outro os socialistas, existia a tão temida Guerra Fria, entre a União Soviética e os EUA, ambos com os seus respectivos aliados. Vivíamos sob uma grande tensão pensando que a qualquer momento um dos presidentes desses gigantes poderiam apertar o "botão vermelho" e explodir o mundo inteiro... Mas aí os muros do socialismo vieram ao chão, a União Soviética se desintegrou e o socialismo sobrevivente em pequenas ilhas, mostrou a sua face de capitalismo estatal... e hoje, com todo o respeito, possui bufões como seus visíveis representantes, como é o caso do Chapolin, digo Chaves.


Após tantas quedas do outro lado, diríamos então, que viria uma espécie de hegemonia norte-americana, mas aí... vieram os donos do petróleo, o "'11 de Setembro" e agora a maior crise econômica desde a recessão pós-guerra do século passado e o gigante já está de pernas bambas vítima de suas próprias crias.


Diante do mundo e do capital globalizados, a força que impera não reconhece fronteiras, não se detém ante poderios bélicos e muito menos recua atendendo a apelos religiosos ou éticos. É um poder homogêneo, mas não é nacional, é global e está nas mãos das grande multi-nacionais, que ditam as regras do jogo e mexem com os "piões" conforme os interesses econômicos, que são capazes de transformarem moluscos radicais em "lulinhas de paz e amor". Esse poder transformou as ideologias partidárias em meros vernizes para untar as peças do jogo, a fim de paramentar o teatro das oposições que foram aniquiladas pelo unilateralismo do poder. Poder esse, que deu vida nova ao populismo para facilitar o domínio das massas, carvão que alimenta as turbinas da grande nau hedonista. E quem não quiser virar carvão, nesse massacre sócio-ecônomico? Busca o seu espaço nos poderes paralelos, ou marginais, e tenta o seu lugar ao sol, nem que para isso morra tentando -pelo menos vai de Nike no pé e com os seus quinze minutos de uma pseudo-cidadania (ser reconhecido de alguma forma como alguém). Ou então... Luta contra tudo isso, não aceita ser o que não é, conscientiza a outros e principalmente, crê numa verdade e justiça, que sobrepassam tudo o que está aí. Eu creio que é possível!


E sobre as eleições eu queria dizer... ééé, Tô cheio de sono vou dormir, boa noite!

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